O Governo Federal assinou um decreto, publicado nesta quarta-feira (29), no DOU (Diário Oficial da União), que inclui o segmento de energia solar no PADIS (Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores).
Criado em 2007, o programa oferece isenção dos impostos de: importação, IPI e PIS-COFINS, entre outros benefícios para a produção de chips e semicondutores.
O montante do incentivo para 2023 será superior a R$ 600 milhões, uma vez que os semicondutores e demais componentes microeletrônicos são cruciais – segundo a União – para garantir a oferta de bens e serviços da chamada Indústria 4.0.
“O programa contribui para o desenvolvimento tecnológico do país e fortalece a indústria nacional. Considera não apenas os semicondutores, mas células fotovoltaicas, com o incentivo à produção de energia solar”, afirmou Geraldo Alckmin, vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Apesar de ter avançado desde 2007, o Brasil ainda é muito dependente da importação de componentes, o que além de gerar um déficit na balança comercial, fragiliza a indústria e a inovação no país, dificultando a entrada do país em atividades intensivas em conhecimento.
O ponto positivo do decreto, segundo o executivo, está na atualização da relação de insumos e equipamentos destinados à fabricação de componentes ou dispositivos eletrônicos semicondutores, que passa a incluir os seguintes componentes utilizados na fabricação de módulos solares:
- Silicone para vedação de vidros;
- EVA e Backsheets;
- Vidros temperados para uso em módulos solares;
- Chapas e fitas de cobre (Busbars);
- Estruturas de alumínio utilizadas nos frames dos módulos;
- Caixas de junção até 1000V e acima de 1000V;
- Condutores elétricos com peças de conexão, para tensões até 1000V e acima de 1000V.